A Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes) inseriu uma plataforma virtual de alimentação de dados referentes as ações desenvolvidas pela Patrulha Maria da Penha em Natal. O plano é construir um banco de informações que contribua para retratar a violência contra a mulher no âmbito da capital potiguar.
A secretária da Semdes, Sheila Freitas, explicou que a ideia é coletar o máximo de informações sobre a situação da violência doméstica tendo como canal de abastecimento o trabalho operado pela Guarda Municipal do Natal na atuação da Patrulha Maria da Penha. “Estamos realizando um trabalho de proteção à mulher muito importante e agora pretendemos ampliar gerando dados que possam contribuir com a construção de políticas públicas e com diagnósticos de atuação na prevenção dessas vítimas”, comentou.
A coordenadora da Patrulha Maria da Penha, GM Michely Oliveira, informou que a inserção dessas informações será feita pelos guardas municipais que atuam na Patrulha, buscando potencializar o trabalho de amparo, proteção e combate a violência doméstica na cidade. “Todos os dados serão inseridos nas fichas individuais das mulheres assistidas pela Patrulha, nos formulários de visitas e outros documentos, sendo tudo através do smartfone ou tablet”, contou.
A plataforma vai conter informações das vítimas de violência doméstica compreendendo classe social (financeira), tempo de convivência com o agressor, quantidade de boletins de ocorrência registrados, nível de escolaridade, região que reside, quantidade de filhos, situação no mercado de trabalho, entre outras. “São dados que mostram o perfil socioeconômico e psicológico das mulheres, como também registraremos as demandas que não sejam de segurança pública como saúde, educação e jurídica, e esse banco de poderá alimentar pesquisas e nortear medidas de proteção”, relatou a coordenadora.
Outro ponto importante que vem sendo trabalhado na Patrulha Maria da Penha de Natal é a implantação de normas e procedimentos operacionais no atendimento as diversas situações de agressão doméstica. A medida padroniza o trabalho operado pelos guardas municipais e dentro dessa ótica já estão ocorrendo reuniões com os guardas que agem diretamente na Patrulha.
Um total de mais de 40 mulheres vítimas de violência doméstica na capital estão recebendo proteção assídua da Patrulha Maria de Penha. No sistema de monitoramento aplicado pelas guarnições da GMN estão sendo empregados rotas de patrulhamento diário nas áreas de residência e trabalho dessas mulheres, visitas domiciliares, acompanhamento via telefone e outras ações.
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